LET UFBA ONLINE

O saco de balas

Começo do mês sábado ou talvez sexta, já não lembro- me, mas não importa o dia, lembro está em pé, atrás de uma pessoa que estava atrás de outra e outra, era uma fila de supermercado. Para passar o tempo, começo a folhear uma revista. Aquelas que ficam perto do caixa, juntamente com balas, goma de mascar, salgadinhos e outros gêneros, insinuando-se para todos da fila, para que sejam levados juntos às compras previamente selecionadas.
Cansada de folhear a revista, passo a escolher alguns daqueles gêneros insinuantes, pego balas, salgados e escolho outra revista, ao começar a folheá-la o silêncio que se instalava entre as pessoas na fila foi interrompido por grito. Eu quero sim! Uma criança, talvez com quatro ou cinco anos, não sei.
Conflitava com a mãe exigindo mais um saco de balas (aquelas insinuantes), a mãe resistia argumentando: Você já tem um. Mas logo a garota dizia: mais eu quero dois. E esta cena prolongou- se por algum tempo, a garotinha usava de todas as artimanhas para convencer a mãe, até a sua cartada final. Oh! Mãe compra, senão eu não te amo mais. Parei de observar a garotinha e sua mãe e voltei-me pra revista.
Por Sulamita Santana