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     Silêncio

Há um pedaço do mundo que não irei mais olhar
Há um pedaço do mundo que não poderei um dia olhar
Há uma resposta que não darei
Há um tempo que não esperei

E o tempo calou feridas...

Há algum tempo que não ouço para traz 




Adolescência

E na tarde longa
cabelos ao vento
Não havia pressa



        Brilho

As folhas ensoladas de abril
A chuva sem frio
só molhou minha calçada
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Adolescência *

Rebeldia sem motivo
Com os fones de ouvido
Nada preenche o vazio
 
 
Maturidade *
 
Flor aberta
Com seu melhor nécta
A espra de outra primavera
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QUE FAÇO DE MIM?




Que faço de mim?
Se a palavra me anula e me prende.
Não me deixa ir, me surpreende.
Obriga-me a dizer do descontente.
Se tratar de amor me diz contente.
Nem sei se de amor nunca morri.
Que faço de mim?

A sede que senti me ofertaram.
O cálice que deveras não bebi.
Na boca o gosto amargo desse trago,
Alguém que não devia
Bebeu por mim.
Que faço de mim?

Na mente o passado é tão presente.
Se a palavra no Verbo indica o fim.
O mundo a girar
Sigamos em frente.
No mesmo lugar.
Ficamos aqui.
Que faço de mim?


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Um dia lindo lá fora
E aqui dentro
Onde não há sol nem vento
Ela veio repousar
A vista de nuvens, flores e luz
Fez paisagem vil
E aqui onde as lágrimas secam
E a poeira se assenta
Como quem beija agora a pausa
Ela baila, já que a calma se ausenta.
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15

Ando revivendo alguns momentos
Reproduzindo em sombra, luz e gosto
Meio tom de opacidade
Sem vista para o mar
O interposto do oposto

Me cerco das lembranças manchadas:
Por preguiça ou aventura
Mãos e copos brindando
Par de cadeiras e mesa de bar
A observar a lua que figura

E a contar pelas horas que passam
Levando embora as cores do dia
Me recordo ainda de risos e vozes
Ensaiando palavras pra rimar
No avesso da foto, a poesia.