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Sexta

O dia amanhecerá célere
Buscarei o traje branco
Acenderei no caminho incenso
Até o café, rápido, mas denso
Destravarei cadeados e portas
Concentrado naquele carro velho
Pega bateria arranque aos troncos
Faço feitiço, força
Lavo rápido a louça
Quase não passo em frente ao espelho
Para não perder um precioso tempo
Rumo através do centro
Da cidade velha, cheia de mágoas
Até ver Oxum no meio das águas
E outros Orixá, guerreiros e doces
Cruzo através das rotas
Fechando algumas, abro outras portas
E Ondina é um grito
E o Instituto, prostituto rito
É o touro de mármore e bronze
Onde muitos passam dos seus chifres longe
E vou a trezentos e treze onde me esperam cantos
Onde me faço e sou assim tanto
E renasço pleno e sou poeta
E nos revisito, expressão e grito
E por fim é sexta:
De Oxalá
De Cássia
Da Gente
Do Texto
Do Bem
E que assim seja
Pelo semestre
Pelas Letras
E para sempre
Amém!


Por Carlos Limeira
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